sexta-feira, 5 de julho de 2013

The Last of Us: o melhor filme que joguei esse ano.

O ano de 2013 parece não estar com piedade do coração dos gamers, primeiro Bioshock Infinite, agora The Last of Us. Eu esperei o redemoinho de sentimentos passar para poder escrever minhas impressões, sentia mesmo que não escreveria algo coerente com o coração batendo forte e com os olhos marejando. Esse texto terá spoilers, continue sobre sua conta e risco.



Primeiro de tudo, The Last of Us é um jogo com várias falhas, técnicas e de enredo, porém, o melhor de tudo, é que ele sabe disso e na maioria das vezes usa essas falhas para vantagem própria. Começando pela parte mais incômoda, a técnica. Por vários momentos no game, eu não me importava com os personagens que me acompanhavam. Os inimigos, sejam eles infectados ou humanos, simplesmente ignoravam Ellie, Tess, ou qualquer outro personagem que estivesse comigo, o game over só aconteceu uma vez em um momento que me descuidei demais de Ellie, perto da metade do jogo. Isso, mais especificamente, tira muito da imersão monstruosa que o game proporciona, você se importa DEMAIS com os personagens na história, mas sabe que eles não vão ficar dando trabalho durante o jogo. É de se pensar que o jogador não quer passar cerca de 15 horas protegendo NPC’s descuidados (e são muito, muito descuidados), mas deixa-los desleixados desse jeito também não é algo animador.

Contudo, essa inteligência artificial descuidada é o ÚNICO defeito considerável do game, o ÚNICO. Como citei, The Last of Us faz questão de explorar defeitos em gameplay e narrativa, pois são defeitos que passam a tal imersão monstruosa. Ainda evitando chegar à parte humanitária do game, vamos tocar no assunto do gameplay. Joel não é um militar, ele foi enrijecido sim pelos anos de mágoas e sobrevivência que teve de passar, mas ele não é Nathan Drake, que tem precisão telescópica e que aguenta segurar uma arma de 5 quilos por 2 horas seguidas. O protagonista carrancudo tem uma PÉSSIMA mira, mesmo depois que você melhorar algumas das armas. Com frequência, você perderá preciosas balas em situações de perigo, pois os inimigos são muito traiçoeiros – os infectados sendo muito rápido e os humanos astutos e sempre procurando um meio de te flanquear – e alguns deles iniciam uma animação de game over instantâneo, o que te deixa encolhido na cadeira quando encontra-os novamente.

É importante notar que The Last of Us, apesar de ser rotulado como Ação/Aventura, é puramente um survival horror, muito mais do que jogos como Dead Space 3 e Resident Evil 6. Quando os produtores disseram que você deveria tomar cuidado com suas ações no jogo e saber preservar seus recursos, eles não estavam brincando. Você SEMPRE vai estar em escassez de itens para montar armas improvisadas, com frequência se encontrará em desvantagem por existir muitos inimigos em um lugar pequeno e você NÃO SERÁ CAPAZ de melhorar todas suas armas ao máximo, não existem acessórios suficientes pra isso no jogo, mesmo que você passe horas explorando cada canto de tudo (sim, sou culpado).

No aspecto de trilha sonora, há uma arte mestre em jogo. Se você esta passando por um lugar escuro cheio de infectados, a música te faz sentir seu coração batendo mais rápido, porque você SABE que pode morrer se der um passo a mais na direção errada, literalmente, já que os Clickers – ou estaladores, na admirável dublagem brasileira - te encontram por eco localização. Em uma batalha aberta contra humanos, a música te passa a sensação de perigo de estar enfrentando monstros de mesma periculosidade que os infectados. Por último, nas cutscenes, você simplesmente engole o choro a seco.

Chegando à parte onde o jogo brilha e onde eu bato palma: a exploração do comportamento humano. É bom deixar bem claro que The Last of Us não é um jogo sobre controlar um herói ou um vilão, mas sim sobre estar na pele de um ser humano, lidando com outros seres humanos. Apenas o prólogo do game já consegue te fazer sentir um pouco do turbilhão de emoções que esta por vir. Joel é um pai que perdeu sua filha durante o começo da infecção e sobreviveu por 20 anos com isso na cabeça, já é de se esperar que ele não seja um personagem amigável. Ellie é uma garota que viveu apenas nesse mundo distorcido e caótico e que tem uma importância extrema na narrativa, pois ela é imune ao cordyceps.  Os dois, quando se encontram no game, tem uma relação muito distante, apenas trocando poucas palavras quando o cenário exige isso. Ao longo da narrativa, Joel vai amolecendo e começa a olhar Ellie como sua própria filha e a garota (Ellie) também começa a se apegar demais ao velhote e isso é mostrado ao jogador de maneiras esplendidas. Eu amo os pequenos detalhes nos jogos e The Last of Us esta cheio deles. Em certo momento do game, Ellie aprende a assoviar e comenta com Joel como se fosse uma criança feliz com algo novo. Outro momento é dentro de uma loja abandonada de música, onde ela comenta que é uma pena ter toda aquela música sem ter alguém pra ouvi-la, ou ainda a emoção da garota ao ver Girafas, perto do fim do game. Isso são momentos que, se você não sentir um traço de emoção, esta morto por dentro. O contraste é de um peso significante, Ellie é uma criança madura o suficiente para este mundo traiçoeiro, contudo, ao mesmo tempo, tem a inocência característica de sua idade. INCRÍVEL!

Como disse antes, em The Last of Us, você não controla um herói determinado a salvar a humanidade, você controla um ser humano. Joel é um assassino de mão cheia, mata sem piedade, sem pensar duas vezes, é o tipo de pessoa que não tem nada a perder e vai eliminar qualquer coisa que esteja em seu caminho. Isso é explorado bem pela narrativa, já que você e a pequena Ellie são responsáveis por um massacre estrondoso durante toda a aventura. Em certo momento do game, você joga com Ellie e encontra o chefe de um pequeno grupo de sobreviventes, que esta procurando por comida. As circunstâncias os colocam para lutar juntos contra uma horda de infectados e, mais tarde, durante algumas conversas, o senhor descobre que Ellie é a mesma garotinha que estava com um homem e que, esses dois, foram responsáveis por massacrar grande parte de seu grupo, que tinha ido até a cidade mais próxima simplesmente para procurar comida. Nesse momento, o jogador começa a perceber, com mais força, que não é um herói da história. Muitas vezes, o grupo de pessoas que começa a te atacar, é apenas de sobreviventes como você, que farão qualquer coisa para não deixarem de serem sobreviventes. Esse é o nível de desenvolvimento de personagem em The Last of Us, onde até mesmo os inimigos humanos te fazem pensar se são realmente vilões ou suas vítimas.

Mas o que mais te puxa pra dentro de tudo, é a relação entre Joel e Ellie. De completos estranhos, contrabandista profissional em um mundo pós-apocalíptico e criança-carga a ser entregue, passam a ser pai e filha. Seu vínculo não é forçado ao jogador, é apresentado da maneira certa, com o ritmo certo, para que, no final, o jogador consiga entender a decisão e Joel. Já avisei lá em cima, esse texto iria ter spoiler, aqui é o limite até onde você pode ler. No final, Joel decide não entregar Ellie ao grupo que esta responsável por procurar uma cura para a infecção. Indo contra todas as circunstâncias, Joel atravessa o hospital inteiro, em uma última matança desumana, para resgatar sua pequena da morte certa. Ellie, desacordada por todo esse processo, desperta quando Joel já esta longe do local com ela, dizendo que esse grupo havia parado de procura a cura. Nos últimos momentos, Ellie conta detalhes da sua vida, como foi mordida e tudo mais e faz Joel jurar que tudo que ele disse sobre os Vaga-Lumes (o grupo) era verdade, o personagem diz que sim. A princípio, você pode com certeza julgar Joel como um egoísta, psicopata, mesquinho, mas depois que você pensa bem, não consegue mais culpa-lo. Você não entregaria, basicamente, sua filha pra ser morta pro algo que nem ao menos é certeza de dar certo. Eu já vivi todo esse tempo nessa merda de mundo e essa garotinha me fez sentir algo que não sentia desde que minha filha morreu, MAS É NUNCA que vou deixar algo acontecer com ela.

Esse é o extremo de The Last of Us, é o momento em que o comportamento emotivo do ser humano é explorado ao máximo. Você não é altruísta o suficiente pra entregar a pessoa que você mais ama naquele momento pra morte, nem ao menos se fosse a própria escolha dela, como acontece no caso de Ellie. Nesse momento no game, tive a mesma cara de boca aberta no final de Bioshock Infinite, porém neste, era meu cérebro entendendo tuuuuuuudo que tinha absorvido até ali, no caso de The Last of Us, foi o ápice de um descontrole emocional e o entendimento de que sim, sou um animal falho e sim, eu faria o mesmo que Joel fez.


***


Sou defensor da ideia de que vídeo games podem nos entregar experiências tão cativantes quanto à de livros, filmes, músicas ou outra forma de arte. O grande problema, talvez, é a incerteza e a ignorância das pessoas. Digo incerteza, pois, nos vídeo games, quem anda com a história é você, suas decisões importam, seu reflexo é necessário pra sobreviver, quando, num livro, você tem o trabalho de ler e deixar sua imaginação à solta, você não pôde evitar o Casamento Vermelho ou defender Boromir das flechadas que tiraram sua vida, é claro que a manipulação do criador esta em ambas as mídias, mas os vídeo games, ainda assim, te permitem mais opções. No quesito ignorância, quero dizer que muitas pessoas ainda acham que games são coisas de criança, são apenas brinquedos.

Em todo tipo de arte, haverá sua extravagância. Temos músicas puramente ofensivas e sem sentido, filmes com o objetivo de apenas arrecadar dinheiro e livros desinteressantes e mal desenvolvidos. Nos games não é diferente, você dificilmente encontrará um post na internet avaliando, dessa forma, o enredo de GTA. De maneira nenhuma é um jogo ruim, mas não é um jogo do nível sentimental de The Last of Us, ou Bioshock, ou Portal, etc. Assim como quando comentei sobre a influência dos vídeo games na sociedade no meu texto sobre Bioshock Infinite, acredito que ainda teremos que correr um longo tempo para que as pessoas aceitem os jogos como experiências emotivas genuínas. Até mesmo os próprios gamers ainda entram em jogos como esse apenas pra “sair metendo bala em geral, huehue, frescura esse negócio de história”. Não podemos nos apresentar como adultos para o mundo, sendo que a maioria da nossa indústria ainda se comporta como crianças.

The Last of Us é um exclusivo de Playstation 3. Faça de tudo ao seu alcance pra ter essa experiência, ou jogue a versão youtube mesmo. Fique com uma música da trilha sonora do game e sinta arrepios correrem pela sua coluna vertebral.


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Um novo Brasil precisa de um novo raciocínio.



Eu acredito que poderia viver como um Hobbit! Longe de grandes metrópoles e governos corruptos. Talvez seja por isso que não me interesso por política, quero dizer, me interesso apenas o suficiente pra saber em quem estou votando e se minha escolha esta certa para meus conterrâneos brasileiros. Tendo dito isso, tentei não me expor muito e nem usar meu blog pessoal, que é apenas para esvaziar um pouco as ideias da cabeça, para ficar tratando desses assuntos que estão acontecendo no mês de Junho de 2013.

Caso você esteja vivendo em baixo de uma pedra ou simplesmente não da uma foda pra nada, aqui vai um resumo: o transporte público, que é de péssima qualidade, teve um aumento de 20 centavos. O povo não concordou e, usando de analogia, foi como um fósforo aceso num quarto com vazamento de gás. Devo dizer, sinceramente, que não esperava ver minha geração tão revoltada e se importando tanto com seu país como agora, do mesmo jeito que ainda não espero viver pra ver contato com raças extraterrestres. De uma semana pra outra, pessoas que apenas criticavam o país, apenas deixavam-no abaixo do digno em seus comentários pela internet e pelas ruas, resolveram defender com unhas e dentes sua casa e colocar a cara a tapa nas ruas, e nem mesmo é época de copa.

Há tanto fervor, tanta vontade, paixão, determinação em mudar o país, me dá orgulho, mais do que nunca, de vestir o verde, amarelo e azul. O brasileiro finalmente acordou e sabe muito bem o que quer, esta focado e consciente do que precisa fazer, unido com uma só voz.

Será?

Minha intenção é apenas olhar de um jeito crítico os eventos ocorridos nos últimos dias. “Não é só por 20 centavos”, grita o Brasil e até mesmo o mundo, porém, aparentemente, não se sabe muito bem a causa. Eu já vi pessoas reclamando desde os próprios 20 centavos e até mesmo pedindo o impeachment da presidente Dilma. Pelos Deuses, tem gente até achando mesmo que ficar um dia sem ver a Rede Globo vai mudar alguma coisa. Rafinha Bastos lançou um vídeo fazendo uma analogia bem interessante sobre essa exata situação. Achei que o vídeo ficou bem criativo e explanatório, dizendo como o brasileiro ficou descontrolado de tanto que estava sendo pisado, porém, esse é o problema, o descontrole esta gerando caos onde se era pra ter, no mínimo, um equilíbrio entre este e a ordem.

A começar pelo pedido de impeachment da presidente. A massa parece realmente acreditar que tirar a Dilma do poder vai limpar toda a corrupção do Brasil, isso já não é mais uma manifestação do povo e sim partidária. Enquanto as pessoas gritam essa demanda, há outros políticos de outros partidos aprovando a “Cura Gay” e o Ato Médico, pessoas essas, ignorantes e oportunistas, que fariam o mesmo se Geraldo Alckmin ou Fernando Henrique Cardoso estivessem no poder. Dilma Rousseff tem probabilidade de nem saber o que esta acontecendo no covil de pestes onde se encontra, assim como tem a probabilidade de ser a rainha deles, ninguém sabe, nem o Anonymous jogou isso à público ainda. Na época que o povo saiu nas ruas, pedindo Diretas Já e o impeachment do então presidente Collor, haviam provas de que ele estava envolvido em corrupção. Há provas que o PT esta quase vendendo a alma pro demônio, mas isso não quer dizer que seja inteiramente culpa da atual presidente.

Sobre a Rede Globo, e isso me faz ter uma lesão cerebral toda vez que vejo gente comentando. Como vocês acham, especificamente, que deixar de ver um canal de televisão vai ajudar em alguma coisa? Alguns jovens são tão ignorantes e facilmente impressionáveis que acabaram de descobrir que a mídia manipula informações e fazem disso uma tempestade destruidora de mundos, quase um Galactus da vida real. Eu sei porque já passei por isso, com meus 15 anos de idade eu ficava compartilhando, no velho Orkut, imagens como “Sorria, você esta sendo manipulado” ou como o desenho da Globo parecia algo relacionado ao tinhoso, atente que eu disse que tinha 15 ANOS DE IDADE, uma época que era aceitável, pois ainda não tinha uma base filosófica, sociológica e nem mesmo histórica completas. Mas hoje vejo marmanjo barbado compartilhando isso achando que esta salvando o mundo, o que é isso, gente? A Globo esta no topo das informações no Brasil, ela faz da notícia o que entende, porém, se vocês chegarem perto de derrubar a audiência dela, vocês acham que SBT, Record, Rede TV e outras emissoras não fariam o mesmo? Nos dias de hoje, se quer saber mesmo o que esta acontecendo, vá procurar em vários sites na internet.

O que me traz a outro assunto, as redes sociais. Tudo começou nelas, a indignação, seja ela embasada ou, como dizem, “poser”, começou aqui. E agora, magicamente, pessoas saem na rua gritando que “saíram do Facebook” e alguns determinados indivíduos falando com desdém “por favor, jovem, faça-me um favor, saia da internet e vá fazer algo pro seu país”!!!, fucking !!!!!!!! Retomando o assunto da mídia televisiva do parágrafo anterior, vocês realmente acreditam que o resto do Brasil e o mundo estariam tão unidos pela causa se não fosse o fluxo massivo de informação que a internet proporciona? As pessoas que, por várias razões, não podem estar presentes nas manifestações estão fazendo parte crucial de tudo isso pela internet. Assim como você deve saber muito bem, a mídia manipula a informação e pode fazer o povo desinformado se virar contra a causa, mas a internet está ai pra levantar hashtags e compartilhar vídeos e fatos excessivamente, à fim de deixar todo o ocorrido bem claro, portanto, não se ache melhor só porque você saiu na rua. Essa atitude só te torna mais mesquinho e não nacionalista. Os tempos mudaram, a conectividade é mais essencial do que nunca.

O grupo Anonymous lançou um vídeo resumindo, em 5 causas, tudo o que o brasileiro esta gritando nas ruas. Achei importante essa iniciativa e resume bem tudo que vi e li até agora, mas ainda não coloco minha mão no fogo pelo movimento. Tenho certeza, do fundo do coração, que tem gente bem informada e consciente do que esta indo fazer nas ruas, contudo, essas pessoas estão em menor número. Tem muita gente que não sabe nem cantar o hino nacional, não faz ideia do que é PEC 37 e esta vandalizando ou gritando palavras e ideologias sem sentido, e é daí que sai o caos que me referi no começo. Várias pessoas estão voltando desses movimentos desacreditadas, críticas do que verdadeiramente importa aqui. Isso esta se tornando partidário, pessoas estão levantando causas absurdas e os que realmente estão focados, estão sendo sufocados.

O ex-jogador Ronaldo e até mesmo o “rei” Pelé, estão a favor da copa no Brasil. Ronaldo diz, e eu cito “não se faz estádio com hospital” e Pelé pede pra esquecer isso tudo e apoiar o Brasil na copa. Amigos, entendam que estes homens estão, usando o linguajar popular, com seus cus na mão. Ao meu ver, todo esse alvoroço já chegou aos conhecimentos da FIFA e ela mandou seus capachos adorados pelo povo futebolístico, isto é, a esmagadora maioria, darem uma acalmada nos ânimos dos brasileiros antes que isso não atrapalhe seus planos. Não vai me impressionar ver o Neymar entrando nessa em algum momento.

Como comentei antes no Facebook, espero, do fundo do meu coração, que essa revolta continue. Que os brasileiros se mantenham de pé e não deixem tudo isso escapar daqui a um mês. Que o povo tenha realmente acordado, que todos tenham a consciência do poder que, unidos, todos possuímos. O babaca do Arnaldo Jabor foi dizer que esse é um movimento elitista, que você só vê classe média pra cima nas ruas, eu digo que AINDA BEM. Ainda bem que essa classe não esta mais preocupada com a própria cicatriz umbilical e resolveu lutar por todos. Todos somos brasileiros, desde um morador de rua até mesmo o Eike Batista, cada um pode participar do movimento, lutar pelo causa, isso se chama empatia, ser solidário com as causas alheias.

Por favor, procurem se informar, adotem uma causa racional e não falhem nessa oportunidade de ouro que temos em mãos, estamos fazendo história e ela precisa ser feita corretamente. Seria até interessante as pessoas procurarem ler a real história de Guy Fawkes e pararem de ser massivamente ignorantes, o que vocês colocam para tapar o rosto é o simbolismo de um filme, muito bom, diga-se de passagem, mas um filme, Guy Fawkes não foi um puro herói e nem esteve certo em tudo que fez.

Eu acredito que ainda podemos ser menos partidários e mais conscientes, ainda da tempo, ou vou cada vez mais acreditar em que Marx dizia: o povo não vai clamar o poder que lhe é de direito sem usar medidas severas.


Quem acordou? O Gigante ou a Besta? Lembrem-se disso nas próximas eleições! 

sábado, 15 de junho de 2013

Comentários rápidos: E3 2013



A E3 2013 acabou. Fiquei triste esse ano por não poder acompanhar todas as conferências ao vivo (trabalho e faculdade não permitiram), mas mesmo indo dormir às 2 da manhã todos os dias dessa semana, consegui ver tudo que foi possível na feira.

Há muitos jogos bons e muitos ruins. De um lado, ótimas conferências e, do outro, da Microsoft. Eu não tenho muito tempo para avaliar TUDO que aconteceu e foi mostrado na feira, então resolvi fazer um texto com comentários breves sobre tudo que consegui ver, dando um pequeno "status" no final, vai funcionar da seguinte maneira:

SHUT UP AND TAKE MY MONEY: jogo e/ou produto que é de absoluta certeza que terei, seja no lançamento, ou nos meses a se seguirem.

FASCINATING: Jogo e/ou produto interessante. Vale a pena ficar de olho e com certeza vou querer testar, mas não me cativou o suficiente para um must-have.

WHATEVER: Posso até testar esse jogo um dia, mas nem trailer, nem gameplay, me cativaram o suficiente para ficar ansioso por ele.

A MISERABLE PILE OF SECRETS: É cedo pra dizer, pois sempre gosto de esperar o produto final para dar um veredito, mas o jogo não me interessa NEM UM POUCO.

VAMOS EM UMA BATIDA SÓ.

Conferências da Microsoft:
M$, você tinha uma tarefa, uma única tarefa, e conseguiu estragar ainda mais o seu produto. O que me intriga é que ainda tem gente defendendo com unhas e dentes a sua caixa X. Xbox One mais caro, com restrições e proibindo o usuário de TER o que ele PAGOU PRA TER. Espero que tio Bill veja o que seus funcionários estão fazendo na divisão de video games e arrume toda essa bagunça, pois estão entregando a 8ª geração de mão beijada pra Sony, ja que a Nintendo ainda esta aquecendo.
Status: A MISAREBLE PILE OF SECRETS.

Conferência da Nintendo:
Fiquei triste por não ver o Reggie sendo Reggie no palco, mas tudo bem. A Nintendo se limitou à sua ja tradicional Nintendo Direct e não fez feio, mas também não fez bonito. Não me interesso tanto por Mario e só queriam mostrar Mario, como sempre. Esperava um novo Zelda e nada, mas tem ai o Super Smash Bros pra uma pancadaria divertida e estou de olho em Bayonetta 2, quem sabe me da uma razão pra comprar um Wii U. Nintendo precisa começar a "se interessar" mais pelo seu novo console.
Status: FASCINATING.

Conferência da Sony:
Sony escutou os consumidores. Preço menor que o Xbone, hardware melhor, mais jogos, sem políticas de restrições e de quebra fez uma zoeira com a M$, além de mostrar uma ajuda forte aos indies, anunciando jogos espetaculares. Eu estou com a Sony desde o PS1 e lembro-me de sua arrogância em 2005, quando tentaram enfiar o PS3 e suas limitações goela a baixo dos consumidores, achando que o sucesso estrondoso do PS2 faria com que seus jogadores aceitassem qualquer merda, no final, tomou tanto no brioco que agora resolveu adotar essa postura de "empresa do povo". Parabéns, Sony, por escutar seus consumidores e ter ganhado, sem quase nenhum esforço, a E3 2013.
Status: SHUT UP AND TAKE MY MONEY

Dying Light:
Jogo de zumbis da mesma criadora de Dead Island. Trailer pareceu bem legal, com parkour e zumbis e um final bem, digamos, WOW. Mesmo com toda a premissa que o game tem, ainda fico receoso com esse estilo de zumbis, ja esta muito saturado, mas com certeza vou querer testar pra ver se não é uma propaganda enganosa que nem foi Dead Island.
Status: FASCINATING

Lego Marvel Super Heroes:
É LEGO e é da Marvel. Já disse o bastante.
Status: SHUT UP AND TAKE MY MONEY

Mad Max
Apenas um trailer com CG, não se pode dizer nada sobre o game ainda. Não fui um grande fá de Mad Max no passado, então também não conta como excitação.
Status: WHATEVER

Castlevania: The Lords of Shadow 2
Consegui ver o trailer e o gameplay. Gostei muito do primeiro e esse segundo parece ter tomado proporções épicas. E, além de tudo, fazem uma homenagem aos jogos antigos. Vejam o gameplay e [entendedores entenderão].
Status: SHUT UP AND TAKE MY MONEY

The Witcher 3 - The Wild Hunt
Não me interessei pelos dois primeiros Witchers porque são jogos EXAGERADAMENTE CHATOS E COMPLICADOS. Ficava querendo fazer você engolir algumas mecânicas confusas do jogo e uma história sem muito carisma. Mas o que me chamou a atenção em The Witcher 3 foi o visual, sem dúvidas, um salto muito grande para o visual dos RPGs ocidentais. Mesmo não sendo fã da série, vou querer jogar Wild Hunt, até pq, também não curtia Mass Effect 1 e 2, mas o 3 me fez pensar de maneira diferente.
Status: FASCINATING

Titanfall
Tem uma premissa muito boa, com soldados dando pulo duplo e andando nas paredes e ainda podendo controlar mechas chamados de Titans no jogo. Não gosto de multiplayer, mas esse vou querer testar.
Status: FASCINATING

Battlefield 4
Battlefiled 3 com patch de melhoria de destruição de cenários e física. Próximo.
Status: WHATEVER

Call of Duty Ghosts
Call of Duty 4 Modern Warfare patch 3. Próximo.
Status: A MISERABLE PILE OF SECRETS

Wolfenstein The New Order
O mais básico do shooter que você pode querer, mas hey, estamos falando de Wolfeinstein, O SHOOTER ORIGINAL. Pelo menos testar eu quero, só pela carta de amor aos shooters originais.
Status: FASCINATING

Destiny
Não entendo por que todos meus amigos estão adorando esse jogo, deve ser porque ele tem uma vibe de WOW. Vou querer testar quando sair, só pra não deixar ele em whatever.
Status: FASCINATING

Evil Within
Estava muito ansioso pra ver esse jogo em ação. Começaram bem, com um clima pesado, furtividade para sobrevivência até que um maníaco com serra elétrica aparece. Maldito seja Resident Evil 4 por introduzir essa mania de motosserra no mundo dos video games. JAPONESES TARADOS COM MOTOSSERRA, PUTA MERDA. Mas mesmo assim, é do Mikami, então é must have.
Status: SHUT UP AND TAKE MY MONEY

Dark Souls 2
Tenho uma relação complicada de amor e ódio com Dark Souls e quero que isso continue no 2. Só espero que o jogo continue com sua originalidade e não tente apelar pra fãs de outros RPGs.
Status: SHUT UP AND TAKE MY MONEY

Batman Arkham Origins
Estou pegando um medo de prequels e jogos que forçam multiplayer onde não se precisava de um. Por mais que a série Arkham é uma obra de arte nos video games, não consigo parar de ter receio com esse episódio.
Status: FASCINATING

The Crew
Corrida arcade, parece legalzinho, mas corrida não me chama atenção.
Status: WHATEVER

Need for Speed Rivals
Status: A MISERABLE PILE OF SECRETS

The Division
Outro multiplayer online, mas o que mais curti nesse foi a atenção aos detalhes, às pequenas coisas. O cara fecha a porta do carro da polícia onde esta de cobertura, quando vai pegar um item, ele DE FATO TOCA NO ITEM E COLOCA EM SUA JAQUETA. É difícil saber como vai ser o produto final cheio de lag, mas quero pelo menos testar isso.
Status: FASCINATING

Watch Dogs
Uma premissa muito inteligente e interessante, pena que não confio muito na Ubisoft. Não é um must have pra mim, mas com certeza testarei pra ver se compro ou não.
Status: FASCINATING

Assassins Creed IV Black Flag
Prefiro que lancem logo um livro da história pra eu ler.
Status: WHATEVER

Killzone Shadow Fall
Joguei todos os Killzones, mas o três foi o que me chamou mais a atenção. Quero muito ver qual é a dessa Shadow Fall, com visuais lindos eu ja sei que esta.
Status: FASCINATING

Castle of illusion
É clássico e foi refeito. Ja disse o bastante.
Status: SHUT UP AND TAKE MY MONEY

Duck Tales
A mesma situação do anterior.
Status: SHUT UP AND TAKE MY MONEY

Bayonetta 2
Talvez isso seja minha razão pra obter um Wii U, mentira, tenho várias, mas estou esperando a Nintendo parar de frescura e destravar o console por região.
Status: FASCINATING

Super Smash Bros
Deve ser divertido pra jogar com os amigos, já que consigo reunir os meus só duas vezes por ano...
Status: WHATEVER

Marios
Marios, Nintendo, o mundo não precisa de tantos Marios assim. Pelo menos curti que o Luigi ta ganhando mais atenção.
Status: WHATEVER

inFAMOUS Second Son
Status: SHUT UP AND TAKE MY MONEY

Final Fantasy XV (antigo Versus XIII)
Por mais que esse jogo possa demorar outros sete anos pra lançar, o trailer dele me deixou de boca aberta.
Status: SHUT UP AND TAKE MY MONEY

Kingdom Hearts 3
Não fui tomado pelos suspiros da série Kingdom Hearts, mas quem sabe esse três mude minha cabeça, como o exemplo de Mass Effect 3 ali em cima?
Status: FASCINATING

Dragon Age III Inquisition
Dragon Age sempre foi porcaria pra mim, mas, de novo, número três com um trailer bem bonito.
Status: FASCINATING

Plants vs Zombies Garden Warfare
Mudança de gênero violento em PvZ e ainda até me confundiu, parecendo com Battlefield no começo. Esse ai eu preciso jogar.
Status: SHUT UP AND TAKE MY MONEY

Mirror's Edge 2
Status: SHUT UP AND TAKE MY MONEY

The Elder Scrolls Online
É Elder Scrolls, só isso s2.
Status: SHUT UP AND TAKE MY MONEY

Beyond Two Souls
David Cage achando que é cineasta e eu com medo de isso ser um show de QTE's, passo.
Status: WHATEVER

Knack
Eu estou rindo desse jogo até agora, quero MUITO testar e tenho quase certeza que vou gostar.
Status: FASCINATING

Metal Gear Solid 5
Até eu que não curto MGS curti esse jogo. Parabéns ao Kojima por não ter kojimado o trailer, pelo contrário, avançou nas partes chatas, mostrando o gameplay central, partes da história, personagens, enfim, me chamou muita atenção.
Status: FASCINATING

D4
Só piadas com esse nome, porque the zoeira never stops.
Status: A MISERABLE PILE OF SECRETS

Below
Parece um jogo indie bem legalzinho, me pergunto o porquê da produtora escolher dar apoio ao Xbone.
Status: FASCINATING

Ryse
Se não tiver poderes, gigantes e Deuses, pode descartar completamente.
Status: WHATEVER

Killer Instinct
De graça, mas só vem com um personagem? O consumidor vai ter que COMPRAR outros personagens? Jogo cartunesco e sem tom adulto do original?
Status: A MISERABLE PILE OS SECRETS

Halo 5
Da série Halo, só me interessei pelo 4. Esse trailer de CG não fala nada e não me chama atenção em nada, mas ainda espero ver a Cortana.
Status: WHATEVER.

Isso foi meu comentário rápido sobre o que consegui ver na E3. Lembrando o Oculus Rift supera tudo e que estou muito ansioso por Amnesia A machine for Pigs e GTA5 só vou me interessar quando sair pra PC.
Tenham um bom dia;
ou boa noite;

ou boa tarde.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Precisamos de mais protagonistas femininas!




Eu sou um homem heterossexual moderno e não aguento mais jogar com protagonistas masculinos, vamos começar assim! Por todo o tempo que consigo lembrar, os homens sempre foram os heróis nos video games. os destemidos, os responsáveis por resgatar a "donzela indefesa", uma mulher. Claro que isso não se limita aos games, é tão errado esse conceito que tem muita mulher por ai que ainda teima com o sonho de querer achar seu "cavalheiro em armadura brilhante", ou algo assim, a própria sociedade coloca isso em suas cabeças, como se fosse inteligente e confortável a mulher depender do homem. Para a indústria dos games eu pergunto: por que? (pergunta retórica, eu sei o porque).

A mulher esta fora da mídia porque não vende, porque a mídia é composta quase essencialmente por homens e, desses homens, a maioria é machista e se acharia "gayzinho" por jogar um game com uma protagonista feminina, eu GOSTARIA de te dizer que isso é uma brincadeira, eu já vi gente assim. Recentemente, comentei como Elizabeth, em Bioshock Infinite, é o contrário do esteriótipo de donzela em perigo. À princípio, você é enviado à Columbia pra resgatá-la, mas logo percebe que ela não precisa da sua ajuda PRA QUASE NADA e, quando precisa, é necessário o trabalho em equipe e não que o espetacular e corajoso Booker DeWitt a carregue em seus braços. O que mais me deu vontade de escrever sobre o assunto foi a revelação da dificuldade que o próximo jogo da Capcom, Remember Me, teve pra sair do papel, não por falta de verbas, não por medo de investir em uma franquia nova, mas sim por ter uma protagonista feminina que não é sensualizada (pelo menos não deu pra perceber isso), mais uma vez, EU GOSTARIA DE ESTAR BRINCANDO. Os caras tiveram que lutar pra conseguir colocar esse tipo, pode-se até dizer inovador ainda, de protagonista no game. Não gosto de falar do passado, pois não podemos altera-lo mais, apenas estuda-lo, afim de não cometer os mesmos erros de novo e de novo, mas parece que a humanidade esta atrelada até as últimas consequências com o dizer popular: a história tende a se repetir. A sociedade vem rebaixando a mulher a mais tempo do que a invenção da religião (Polêmica Wars). Não quero ser de apenas um lado, biologicamente falando, há diferenças SIM entre homem e mulher, talvez seja por isso que ela é colocada como frágil e, o homem, forte.

Na verdade isso cria um fetichismo forte, que é central pra essa babaquice toda acontecer. Me limitando aos video games, mas podendo valer para as outras mídias também, é fato que a mulher é, na esmagadora maioria das vezes, colocada como um objeto, até mesmo um item sexual, a ser proclamado pelo protagonista masculino. Me diga, em quantos jogos que você já jogou, sendo você casual ou hardcore, sua missão era de resgatar uma mulher? Zelda? Peach? Rose? Algum familiar? Agora me diga, em quantos jogos você assume o papel de uma mulher destemida e valente? Nariko? Chell? Heather? Percebe a diferença de tempo entre os exemplos? Foi la pro final dos anos 90 que começou a aparecer uma luz para as mulheres nos video games. Em contrapartida, temos os homens, que são modelizados (?), isto é, são construídos de uma forma que nós, jogadores masculinos, almejamos os status mostrado por aquele personagem. Força física, bravura, honra, coragem, todas essas qualidades são exibidas pelos protagonistas masculinos, sejam eles heróis ou anti-heróis, bonzinhos ou canastrões. Não estou dizendo que isso é feito pelos Senhores Malígnos da Cúpula da Maldade na Indústria dos Games (a.k.a M.C.M.I.G), de maneira nenhuma, isso é feito pra VENDER, simples assim. Nós estamos sempre reclamando por jogos melhores, mais ousados, mais criativos, mas os caras, antes de tudo, querem retorno pelo que fizeram, por mais que existam os bons samaritanos que desenvolvem um jogo com seu coração, colocando todo o amor em cima do projeto, eles esperam receber pelo menos o reconhecimento em troca, não existe o puro altruísmo e, no mundo de hoje, infelizmente, mulher não vende, mulher não da lucro, mulher pega seu cartão de crédito e só da prejuízo, mulher serve pra lavar louça, mulher é fazedora de sanduíche  etc. O Homem nos games é um ideal a ser alcançado, a mulher é um objeto a ser conseguido.

Não me entenda mal, quando a história é boa, isso fica em segundo plano, mas por que não pode existir mais Alyx's e Elizabeth's no mundo? Há algum problema com Jill Valentine? Chell conseguiu driblar uma instalação científica inteira em que cada parede tentava mata-la, ainda no mesmo jogo, GlaDOS, a robô que despertou "owns" no coração de qualquer jogador por ai, foi uma mulher antes de ser uma I.A. NÃO HÁ NADA DE ERRADO com mulheres protagonistas, você não vai se tornar mais ou menos macho jogando com um delas. Mulheres são necessárias, não apenas para uma igualdade e um mundo menos sexista, mas também pra mostrar que elas não devem ser resgatadas, oras, muitas vezes, nós mesmos temos de ser resgatados.

Como disse antes, não vale a pena discutir dogmas de milhares de anos, vale a pena analisa-los e mudar a sociedade no seu presente momento. Se você é pai/mãe por ai e já introduziu seu filhote ao mundo dos games, deixe ele jogar com os dois lados, ensine que não há diferenças, explique que ele deve tratar, ambos os lados, com dignidade e respeito, mostre pra ele que uma mulher pode ser tão badass quanto um homem. Apenas educando corretamente os futuros humanos é que podemos sair desse buraco de merda preconceituoso e mesquinho. Afinal de contas, por quê Zelda não pode estrelar seu próprio jogo? Até onde eu li direito, a lenda é dela, não do Link!

Mais uma coisa, sugiro que acompanhem essa série de vídeos da Anita Sarkeesian, uma feminista forte que esta desenvolvendo melhor a discussão do tratamento que as mulheres recebem no mundo dos games.

sábado, 30 de março de 2013

Bioshock Infinite: Uma experiência Inesquecível!

Quando uma pessoa diz que vídeo games não são cultura, que são meros brinquedos com fins limitados ao entretenimento ou, o mais famoso, "coisa de criança", eu não me ofendo por duas razões: eu tenho conhecimento da ignorância dessas pessoas e também porque entendo o que elas pensam.

É bom ressaltar que entender não quer dizer apoiar, eu entendo sua ignorância, mas não quer dizer que a apoio. Infelizmente, jogos não são vistos como algo que pode levar à construção de melhores pessoas, bagagem cultural ou até oportunidade de emprego respeitoso. O que me conforta é que nem a música, nem o livro e nem o cinema começaram com o requinte e dominância social que tem hoje, então, talvez, eu ainda viva em um mundo onde professores de escolas ou universidades peçam para os alunos terminar um game, visando o estudo da narrativa, personagens ou questões daquela temática que possam ser levadas à realidade. Graças aos céus  literalmente, que Bioshock Infinite deu um passo, enorme, para esse futuro.

Nada nesse mundo é perfeito ou, talvez, devêssemos questionar o que consideramos como algo absolutamente sem falhas, colocando essas questões de lado, Infinite é - ou chega perto de ser - perfeito. Eu nem ao menos sei por onde começar a falar!

Columbia, um sonho, uma cidade nas nuvens, um novo Éden para uma outra época. Assim como Rapture, Columbia é uma distopia, isto é, uma utopia que não sai do jeito planejado. Na cidade do fundo do oceano, o principal foco das críticas era a política, em Columbia, o alvo é mais salgado, a religião. Após ser diminuído a um pequeno ser feito apenas de sentimentos, vendo toda a beleza (breve) de Columbia, o jogador já é apresentado à figura de Comstock, um autoproclamado profeta que os habitantes de Columbia seguem com devoção fanática, logo ai e, claro, no decorrer da narrativa, já se pode perceber uma crítica ao fanatismo, não apenas em religiões, mas até mesmo por causas nobres.

Nesse mesmo quesito de nobreza, também somos apresentados ao grupo revolucionário Vox Populi (nome mais sugestivo, impossível), que pode ser visto como uma Patologia Social, usando a visão de Emilê Durkheim da Sociologia, ou seja, uma ameaça à ordem anteriormente criada por Comstock. Já  numa visão Marxista, esses ai estão preparados mesmo pra uma revolução armada pra derrubar o Capital (ou burguesia) de Columbia, mas isso ai já é entrar fundo demais na trama.

Além das críticas à sociedade e à religião, Bioshock toca no tema de mecânicas quânticas, formação de memórias e múltiplas realidades. Se você viajasse pra outra realidade, assumiria as memórias do seu eu dessa realidade? Quanto seria o dano que essa viagem causaria? É possível modificar o passado de forma que todas as realidades sejam modificadas? Você NUNCA viu algo nesse nível em um jogo.

O game, em momento algum, trata o jogador como uma criança que deve ser apontada pra onde vai ou no que deve atirar, você é simplesmente livre, é um caminho linear, mas com uma sensação de que se pode explorar toda Columbia. A beleza da cidade voadora é de paralisar o jogador no lugar, prova mais que conclusiva que não precisamos de visuais ultra realistas para se ter uma imersão completa, imersão essa que Infinite consegue com seus 10 primeiros minutos.

Talvez o ponto maior do game seja apenas uma personagem: Elizabeth. Além de ser parte central importantíssima da trama, a garota tem a inteligência artificial mais bem desenvolvida que um jogo pode te oferecer: ela não entra no seu caminho, sabe se esconder durante os tiroteios e consegue achar suprimentos para te ajudar nos momentos mais desesperados dos combates anárquicos e ainda acha uma graninha quando você e ela tem tempo de olhar o cenário, pelos deuses, ela tem até um andar e um olhar distintos dependendo da situação onde vocês se encontram. É bom lembrar que, mesmo que o game também critiqua o modo de viver racista e machista de 1912, Elizabeth é uma mulher forte, determinada e corajosa. Ela toma suas próprias decisões, não deixa Booker trata-la como frágil ou se impor como seu salvador e, como disse antes, sabe se virar muito bem sozinha.

Não sou nenhum sonhador idiota, pessoas não veem vídeo games, ou pessoas que sabem realmente aproveita-los com olhos de respeito. À essas pessoas, eu gostaria que pudessem acompanhar pelo menos a narrativa de Bioshock Infinite. Livros um dia foram itens que apenas ricos com tempo sobrando podiam ler, cinema um dia foi atividade apenas para os mais afortunados e a música já chegou a ser considerada coisa de vagabundo que estava fadado ao fracasso na vida, talvez, um dia, um jogo eletrônico possa ser respeitado dentro da sociedade. Pode não representar nada para muitos, mas se você abrir bem os olhos, pode ser um caminho para grupos de pessoas menos preconceituosas com coisas que elas não conhecem ou tem conhecimento mínimo.

Columbia pode, de fato, ter sido um presente vindo direto das nuvens.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Como o novo DmC é um retrato da nossa sociedade.


Eu sou preguiçoso pra escrever, tenho duas histórias legais de livros pra escrever mas nunca decido por começar logo. Minha amiga Danielle me disse pra escrever mais, já estava com um teto na cabeça, então vamos lá.

Recentemente estive jogando o reboot da série Devil May Cry, mas não estou aqui pra falar se o Dante esta emo ou não. Talvez faça uma análise do jogo, mas pra resumir, caso alguém queira saber, achei o jogo ótimo e o novo Dante bem carismático e, claro, a trilha sonora muito boa, guardadas aos seus exatos momentos.

O que reparei muito dentro das minhas horas de jogo foi como os desenvolvedores da Ninja Theory conseguiram reformular a história da franquia com uma pegada mais "pé no chão", podendo até soar estranho falando de um jogo como Devil May Cry, e como eles conseguiram satirizar todo nosso sistema de sociedade e mídia. Não precisar ser um leitor de Max Webber, ou de qualquer outro sociólogo, pra perceber isso, apenas preste atenção e esqueça a ideia que em hack'n'slash você deve apenas apertar botões.

Em primeiro plano, é interessante ressaltar o mundo de DmC como um todo. Governado por demônios a anos - ou melhor, demônio, Mundus - a Terra e seus habitantes se transformaram em ferramentas de trabalho escravo para os seres malignos. Não demonstrando nenhuma resistência (falo disso já já), as pessoas vivem suas vidas rotineiras, assim como as nossas, idolatrando celebridades, jornalistas e empresários que aparentemente são um símbolo, uma imagem a ser seguida, quando, na verdade, são demônios disfarçados que apenas mostram sua verdadeira face no Limbo, mundo alternativo do game onde você passa maior tempo. Agora, pare e pense nesse quesito: quem você idolatra? Quem realmente é essa pessoa? O que ela fez pra ser idolatrada?

No game, há um demônio que é conhecido pelos humanos como Bob Barbas, um repórter sensacionalista, quase como um Datena aqui em terras tupiniquins, que tinge Dante como um terrorista que DEVE ser eliminado, o mais interessante é seu bordão: Just doing God's work! (Apenas fazendo o trabalho de Deus). Em mais um instante, peço que pare pra raciocinar: no que você acredita? Qual (ou quais) veículo de comunicação você mais utiliza? Quem você considera um formador de opinião? A SUA opinião?

Em uma parte mais avançada do game, passamos por uma parte semelhante à uma boate onde se enfrenta a icônica demônio Lilith. No game, ela se faz passar como dona de uma casa noturna, aparentemente bem procurada. Essa questão passa a ser pela loucura (e beleza) gráfica do game. Tudo parece uma rave, clipe musical, com ondas sonoras, músicas "dubstep", etc. Aqui talvez seja um ponto mais pessoal, mas como estou quase criando uma teoria da conspiração, que se dane: por que você tem necessidade de estar fora de casa? Por que você precisa beber ou tomar comprimidos para estar "bem louco(a)"? Estou falando sobre sociedade e não sobre saúde, não vou tocar no assunto dos efeitos negativos disso.

Meu ponto é o seguinte: o que você entende por "sociedade"? O que é esse sistema controlador, abusivo e desigual onde vivemos? Não aparentamos resistência, estamos acomodados. No game, os demônios produziram um refrigerante chamado de Vitality que, além do controle, causa obesidade e impotência, mas no mundo é vendido como "a bebida que diminui a obesidade e é responsável por 60% da sua performance sexual". Qual é o nosso refrigerante na vida real? Não precisa ir longe pra ver isso, veja como os brasileiros são conformados na situação onde vivem. Há um plano muito maior de discussão sobre isso, mas em certos casos não precisa dar uma de intelectual sobre o assunto. A maior parte da população esta controlada, submissa à vontade de corruptos engravatados (nada contra terno e gravata), de "profissionais" sensacionalistas e de uma vida de mentira, usada pra fugir dos problemas.

Não quero que meu texto vire clichê, apresentando solução que todos já estão cansados de saber. Leia mais, se informe mais, não acredite em tudo que vê, duvide, questione, critique, não aceite tudo de cabeça baixa, etc, são todos conselhos que escutamos por toda a vida, seja em casa ou na escola mas que, aparentemente, ninguém segue, ninguém. Se fossemos essas pessoas que, teoricamente, somos construídas para ser, nossa realidade não seria tão facilmente desenhada por um jogo que nem ao menos tem o compromisso disso.

Fiquem com uma das músicas mais legais de toda a matança do jogo e pensem sobre o assunto. Ah, joguem também, seja pra tirar suas próprias conclusões ou pra se divertir mesmo.


domingo, 3 de fevereiro de 2013

Cavaleiros do Zodíaco e a base dos meus princípios!

Aproveitando o pouco tempo que me resta de folga, antes de começar a faculdade, resolvi assistir meu mais precioso desenho (não me venha com chilique que é "anime") de todos: Cavaleiros do Zodíaco.

É interessante ver como isso vem me trazendo memórias boas e me fazendo refletir nos últimos dias. Eu sou uma pessoa que não tem vergonha de admitir que aprendeu lições de vida importantíssimas com um simples desenho, algo inexistente, uma ficção. Lembro-me de ter chorado quando meu personagem favorito, Shiryu (no qual me inspiro muito), morreu na batalha da Casa de Capricórnio. Lembro-me de como corria por minha casa cantando as músicas temas dos episódios e como fazia poses dos golpes e como queria treinar para ficar forte, enfim, atos de uma criança feliz.

Agora um adulto (há quem duvide dessa afirmação e eu não os culpo), consigo ver tudo isso de forma diferente e perceber que valores que carrego comigo até esse mesmo dia foram extraídos dali, foram absorvidos através de lágrimas e sorrisos. Eu frequentemente penso que me sacrifico demais pelos meus amigos, dou muita importância para quem não merece, contudo, também percebo que poucos dos meus amigos realmente merecem tudo que faço e ainda mais.

Amizade, lutar pelos objetivos, sacrifício, perseverança, isso e muito mais foi o que aprendi com essa obra de arte. Para as pessoas que possam rir e discordar disso, penso que arte é tudo aquilo que nos consegue tocar o fundo do coração e não aquilo que algum grupo seleto de "intelectuais" afirma ser. Eu sou um homem da ciência, pragmático, gosto de trabalhar com objetividade e só me rendo aos meus sentimentos quando julgo necessário, porém, aqui, a coisa é diferente. CDZ conseguiu me ensinar valiosas lições que nunca teria aprendido em livros didáticos ou com pessoas intelectuais. Foi num momento difícil de infância que me vi sendo inspirado por pessoas fictícias que não tinha medo de dar a própria vida pelo que acreditavam e eu adotei isso em minha vida.

"Você precisa estar disposto à morrer pelo que quer, qualquer coisa menor que isso e você já esta morto". já dizia Comandante Sheppard (Mass Effect 3). Você pode enxergar isso como exagero ou até mesmo doença mental, mas é tudo uma questão de percepção: sou exagerado ou você que é fraco(a)?

Eu tive a oportunidade de ver como cresci, comparar meus sentimentos de 18 anos atrás com os atuais e perceber que me tornei o homem que sempre quis me tornar. Sim, me decepcionei muito na vida, acreditei e me sacrifiquei por pessoas e eventos falsos, mas não vejo apenas erros nisso, mas ensinamentos.  Ainda vejo que tenho amigos que sei que se sacrificariam por mim e percebo que não sou alguém que cai com um simples golpe.

À todos os envolvidos na criação dessa arte, à todos os dubladores brasileiros que gravaram suas vozes eternamente em meu coração com seus respectivos personagens, um muito obrigado. É um ato simples da minha parte, mas é difícil imaginar como seria minha vida sem essas observações e ensinamentos.

E que o cosmo nunca se apague!


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Os jogos que eu gosto!


Gostaria de falar um pouco dos jogos que mais joguei nos últimos anos. Para mim, são os melhores nos seus gêneros. Isso não os coloca imune a erros, mas estes são tão pequenos que passam quase despercebidos.

Antes de qualquer coisa, é bom deixar claro que não tenho nada contra estilo nenhum de jogos, talvez contra esportes, que acho sem graça (principalmente futebol, mas menos Tony Hawk 1, 2 e 3) e RTS, pelos deuses, como eles me dão sono. 

Half Life (tanto faz, o original, 2, ou os episódios)
Na minha cabeça sempre há a luta entre qual é o melhor: Bioshock ou Half Life. Em todas essas disputas (menos ambientação, que Bioshock vence epicamente), Gordon Freeman com pé-de-cabra (a ferramenta, não me referindo a nenhum membro do personagem). Não sei se você pode ver, mas Half Life é um exemplo de jogo que mescla narrativa e gameplay de um jeito perfeito e que a maioria dos jogos hoje em dia ainda tem problemas em conseguir. Bioshock merece todos esses elogios, mas Half Life sempre está um passo à frente. Você pode escolher matar todos os cientistas amigos ou pacientemente ouvi-los sobre a bagunça que esta acontecendo em volta.

O gameplay é fluído, direto, não fica jogando textos e mais textos, cutscenes e mais cutscenes na sua cara, você entende a magnitude da situação e do enredo do mesmo jeito que você aprende como enfiar uma bala na cabeça (?) de um headcrab antes que ele coma a sua. Sim, Half Life não é um exemplo de realidade, você carrega quilos de equipamentos, talvez alguns mais pesados que o próprio Freeman, mas se eu quisesse realidade total em vídeo games...bem...eu não estaria jogando vídeo games. Half Life é viciante, envolvente e eu não me diverti com nenhum FPS em todos esses anos como me diverti com ele. Tem o selo VALVE de qualidade, até porque, esses caras SABEM fazer um jogo. Inclusive, terá outro jogo deles logo abaixo.

The Elder Scrolls V Skyrim.
Nos dias antigos, onde eu me contentava com os games que eu descobria do nada, pois na minha época ou você atirava no escuro ou dependia do “bom gosto” dos seus amigos para adquirir um jogo, eu admito que só conhecia os JRPGs, os RPGs orientais, citando exemplos como Final Fantasy, Breath of Fire e Phantasy Star. Não posso me arrepender do que não tive, mas como gostaria de ter ganhando um PC pra jogar The Elder Scrolls Arena em 1994.

Ouvi falar na época do lançamento de Morrowind, mas, assim como outros grandes erros da minha vida, não dei tanta importância. Fui conhecer a série com o lançamento de Oblivion, conhecido comicamente pelo meu amigo e eu como OBLIVÃO. Moças e moços, como eu me diverti com esse título. Foi nessa época e com Fallout 3 que entendi que um bom jogo da Bethesda não pode vir sem uma leva extensa de bugs no game. Eu comecei a quase estudar a mitologia envolvida nos games da série e percebi o quão gigantesco tudo era, o quão longe você poderia ir em apenas um game. Anos depois, quando vi o teaser de Skyrim, meu coração parou. Quando, de fato, vi o primeiro trailer, minhas expectativas para um jogo não poderiam ter ido mais alto no infinito e, rapaz, todas elas foram brutalmente ultrapassadas.

Skyrim continua o game que mais joguei nos últimos anos, já devo ter passado de 200 horas neste pedaço de entretenimento interativo e ainda sinto que não fiz metade do que o jogo oferece, tamanha liberdade em, pra dizer a verdade, tudo! É por isso que disse no começo, mesmo não estando no cenário certo na época, como eu me arrependo de não ter seguido essa INIGUALÁVEL série de RPGs desde o começo (SIM, FANBOYS DE FINAL FANTASY, INIGUALÁVEL). Pra mim, The Elder Scrolls está para os vídeo games assim como as obras de Tolkien estão pra literatura.

Portal 2
Meus olhos “suaram” nessa coisa. Talvez a genialidade e sutileza alcançadas em Portal 2 sejam devastadoramente maiores que os outros títulos desse texto, nem eu mesmo sei dizer, mas um game que faz você se envolver emocionalmente com uma protagonista muda (Valve, sua linda) e um bando de robôs assassinos e psicóticos com uma facilidade inacreditável, não pode ser qualquer jogo, Portal e Portal 2 NÃO SÃO MEROS JOGOS.

Em minha opinião, são o exemplo da força que os vídeo games tem de serem tão cativantes e emotivos quanto um bom livro ou um filme bem dirigido. Os enigmas variam de “hey, seu idiota, a saída é logo aqui” para “vamos, Hawking-Einstein, me mostre o que acha que sabe fazer”. O humor (em grande parte, negro como o imenso espaaaaaaaaaaaço) é um brilho à parte Eu sinceramente passaria mal de rir se Cave Johnson fosse meu chefe.

Em uma visão geral, é sim um game simples de raciocínio, mas é como comer em um restaurante que você gostou pela segunda vez: você sabe o que esperar do cardápio, mas o estabelecimento (Valve) faz questão de te surpreender e te fazer gritar: SHUT THE FUCK UP AND TAKE MY GODAMN MONEY!

Amnesia The Dark Descent
Não posso dizer qual é a base de leitores, pois esse é o segundo post desse projeto particular, mas muitos já sabem do meu caso aberto com o gênero survival horror! Eu amo o estilo porque ele coloca meu cérebro em teste: se eu estou me borrando de medo daquele mostro que esta quebrando a porta pra me matar, como meu pensamento vai ser desenvolvido para que eu resolva aquele pequeno enigma que esta entre a sobrevivência e eu? Sim, pode parecer masoquismo, mas hey, eu sou um karateca com orgulho, como diz meu sensei “nosso treino tem que ser nosso próprio inferno”, acho que isso explica muita coisa.

Frictional Games esta, sem dúvidas, no pico do gênero. Seu primeiro game, Penumbra, já me tirava do sério com frequência e Amnesia só veio para perturbar ainda mais (de um jeito sadio) meus medos depois disso. O que acho ser engraçado é que muitas pessoas sentem medo genuíno de, digamos, Resident Evil (o clássico, pra ps1) e dizem que Amnesia é coisa de criança, você consegue achar o erro nessa afirmação facilmente, não é? Eu sinceramente considerei em colocar Fatal Frame nesse lugar, nem cogitei Silent Hill, pois seu expoente é o segundo título e este não chega perto de nenhum dos títulos de fantasmas da Tecmo que, por sua vez, esta muito longe do aterrorizante The Dark Descent. Não me entenda mal, amo Silent Hill de paixão, mas pra mim a série morreu no terceiro título e QUASE foi revivida em Downpour, mas isso é assunto pra outro dia.

Um novo título esta a caminho, intitulado A Machine for Pigs (clique no nome para ver o trailer) e, sem dúvidas, é um dos games que mais estou ansioso para jogar, pena que entrou na modinha de “ser adiado para 2013 para deixarmos o produto final impecável”, não é mesmo Bioshock Infinite?

Víde novo no canal: SLENDER NA FEIRA DA FRUTA!